Num mundo obcecado pela produtividade, o que aconteceria se a gente aprendesse a perder tempo? contemplar sem pressa, criar sem compromisso, aproveitar o momento são habilidades em extinção. curiosamente, brincar – algo que é natural para qualquer criança – é uma atividade que resgata tudo isso.

quando brincamos, adentramos um círculo mágico, onde tempo e espaço precisam se submeter às regras do jogo. não à toa, adultos relatam com frequência que têm dificuldade de brincar: como assim se deixar levar? qual o propósito disso? o único propósito da brincadeira é a própria brincadeira e é dessa provocação que nasce o projeto passatempos para aprender a perder tempo.
 
através da subversão de códigos de passatempos amplamente conhecidos, a ideia é levar o público a refletir de forma lúdica sobre a nossa relação com o tempo e, simultaneamente, convidá-lo a interagir com essas brincadeiras, resgatando nossa capacidade de habitar um mundo sem tanto compromisso com a lógica, mas profundamente conectado com a capacidade de imaginar.

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